O presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, preso na manhã desta terça-feira, no Rio de Janeiro, foi transferido para Curitiba. Ele embarcou às 18h20, no Aeroporto Santos Dumont, em um voo de carreira, escoltado por agentes da Polícia Federal (PF). Também embarcou o empresário Flávio Barra, presidente da AG Energia, subsidiária da Andrade Gutierrez. Ambos foram presos na 16ª fase da Operção Lava-Jato.
Os dois presos não estavam algemados. O advogado do presidente licenciado da Eletronuclear, Helton Pinto, disse que não poderia se pronunciar sobre a prisão do cliente, pois ainda não havia tido acesso aos autos do processo. "Não temos como nos pronunciar no momento, porque ainda não tivemos acesso aos autos. Como a gente não tem conhecimento da acusação, não temos como nos pronunciar. Eu tenho que analisar o caso. Não li nada do processo ainda."
Othon foi preso em casa, no Rio de Janeiro, e depois levado para a sede regional da PF no Rio. Ele se afastou do cargo em 29 de abril, após ser citado na Lava-Jato por suspeita de irregularidades em contratos para a construção de Angra 3.
Na ocasião em que foi citado nas investigações da Lava-Jato, Othon Silva negou ter participado ou ter conhecimento de qualquer irregularidade.
Em nota à época, afirmou que jamais recebeu propina e que vive de sua aposentadoria como vice-almirante da Marinha e de seus vencimentos como presidente da Eletronuclear. Ele se afastou do cargo em 29 de abril, após ser citado na operação. A Eletronuclear informou que vai se pronunciar em nota sobre o caso.
Em nota divulgada na manhã de hoje, a Andrade Gutierrez informou que está acompanhando a décima sexta fase da operação e destacou “que sempre esteve à disposição da Justiça”. Os advogados da empresa estão analisando a ação da PF para se pronunciar.
Com Agência Brasil