Antes mesmo de serem apresentados os vídeos do PSDB chamando o povo a se manifestar contra a presidente Dilma Rousseff (PT) no dia 16 de agosto, os tucanos já começaram a usar as redes sociais para incentivar seus seguidores a ir às ruas em um ato que terá como um dos motes o impeachment da petista. A mobilização, que já era ensaiada por alguns, se intensificou depois do aval dado na segunda-feira pelo presidente nacional da legenda, o senador Aécio Neves. Em Minas Gerais, os deputados estaduais do PSDB e aliados pretendem gravar uma chamada própria para pedir a participação no estado.
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Aécio diz que reunião entre governadores e Dilma não significa apoioPerillo não vê 'nada de mais' em oposição participar da reunião com DilmaLíder tucano no Senado defende que PSDB apoie novo protesto contra governoProfessor da FGV diz que Dilma foi 'infeliz' ao atribuir queda do PIB à Lava-JatoPrefeito de Maricá defende saída de Mercadante e que Dilma 'se aproxime do povão'O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), postou um banner com o slogan “impeachment já” e sua logomarca, que foi replicado por outros tucanos, como o colega de bancada Rossoni (PR). Já o ex-presidente do PSDB mineiro, deputado federal Marcus Pestana, postou inclusive a relação de cidades onde estão previstos protestos.
O partido apresentou ontem as seis inserções que serão veiculadas a partir desta semana. Em spots de 30 segundos, Aécio e as principais lideranças do partido, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador Geraldo Alckmin e o senador José Serra, aparecem com falas incisivas contra o governo Dilma, gravadas na convenção nacional tucana.
A participação do PSDB nas manifestações previstas para ocorrer em todo o país, porém, não é consenso dentro da legenda. O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que também sofreu com protestos direcionados a ele em seu estado – o maior deles, de professores, ganhou as manchetes dos jornais por causa da violência policial contra os manifestantes –, acha “desnecessária” a adesão. Richa disse respeitar a posição de Aécio, mas considerou que a vinculação do protesto com o PSDB pode ser explorada de forma indevida.
Outros governadores tucanos, porém, defenderam a medida anunciada por Aécio. O de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que a decisão cabe apenas à direção tucana. “A questão se vai convocar ou não vai convocar é uma questão da direção partidária”, afirmou.
Contas de campanha
Ação que pede a cassação do governador Fernando Pimentel (PT) por abuso de poder econômico voltou a tramitar ontem. O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) atendeu parcialmente aos pedidos feitos pelo governador e concordou com a produção de prova pericial para instruir a ação, que havia sido suspensa em março em decisão liminar do juiz Wladimir Rodrigues. Em dezembro de 2014, o TRE desaprovou a prestação de contas de campanha de Pimentel, por causa de irregularidades na emissão de recibos eleitorais e extrapolação de limite de gastos.
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