A Procuradoria-Geral da República (PGR) entrou, nesta quinta-feira, com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) questionando a Lei Estadual n.º 21.720, de 14 de julho de 2015. A lei permite a utilização pelo estado de recursos de depósitos judiciais em processos vinculados no Tribunal de Justiça do Estado (TJMG) para o custeio da Previdência Social, do pagamento de precatórios e da assistência judiciária, bem como a amortização da dívida com a União. O pedido foi feito por deputados de oposição ao governador Fernando Pimentel (PT) na semana passada.
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A norma permite que os depósitos judiciais em dinheiro, tributários e não tributários, sejam transferidos para conta específica do Poder Executivo. Não poderão ser utilizados pelo estado os depósitos judiciais tributários transferidos aos municípios por força de lei.
O governo de Minas, em nota, afirmou que “defenderá em juízo a tese da constitucionalidade da medida”. .