O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não quis comentar as declarações da advogada Beatriz Catta Preta, que disse ter encerrado sua carreira e abandonado seus nove clientes que defendia na Operação Lava-Jato por ter sido ameaçada pela CPI da Petrobras, comandada por um aliado do peemedebista.
Leia Mais
Novo delator da lava jato vai pagar multa de R$ 38 milhõesAdvogada de delatores diz se sentir perseguida e intimidada por membros da CPIEngenheiro preso na Lava-Jato criou programa nuclear brasileiro nos anos 70Presidente da Andrade Gutierrez vira réu na Lava-Jato'Corrupção é histórica', diz Cardozo ao comentar Lava-JatoDepoimento de advogada na CPI da Petrobras está mantido, diz MottaBaleia Rossi diz que não há provas de que advogada tenha sido coagida por CPIDelator que acusou Cunha também fez repasse à Assembleia de DeusLewandowski libera Catta Preta de prestar depoimento à CPI da PetrobrasBeatriz Catta Preta havia sido convocada para prestar depoimento à CPI da Petrobras para explicar a origem de seus honorários. Dias depois, um de seus clientes, o lobista Julio Camargo, disse em delação premiada que Cunha havia pedido propina de US$ 5 milhões no esquema de corrupção da Petrobras. O presidente da Câmara negou a acusação com veemência.
Na entrevista desta noite, ela disse ter abandonado os clientes devido a supostas ameaças. Segundo a advogada, as intimidações "vêm dos integrantes da CPI, daqueles que votaram a favor da minha convocação".
O presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), disse, em nota, que não há perseguição à advogada. "O requerimento de convocação da advogada Beatriz Catta Preta foi aprovado por unanimidade no plenário da CPI da Petrobras. A vontade de investigar a origem dos honorários da advogada é suprapartidária, o que afasta de vez a acusação de perseguição", afirmou o deputado..