Brasília – O Ministério Público suíço investiga o diretor da Construtora Norberto Odebrecht (CNO) Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho por corrupção e lavagem de dinheiro qualificada, no processo em que a empreiteira é apontada como pagadora de propinas para ex-diretores da Petrobras. Outro investigado no caso é o norte-americano Barry William Herman, residente em Nassau, suspeito dos mesmos crimes e de falsificação de documento. Também são alvo do processo SV.05.775-LEN as empresas Arcadex, Havinsur e Smith & Nash, todas ligadas à empreiteira de acordo com o Ministério Público brasileiro.
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Lava-Jato: Camargo Corrêa fecha acordo de leniência com Cade e MPFEngenheiro preso na Lava-Jato criou programa nuclear brasileiro nos anos 70Professor da FGV diz que Dilma foi 'infeliz' ao atribuir queda do PIB à Lava-JatoSuíça diz estar 'impressionada' com coragem da luta contra corrupção no Brasil“Os resultados alcançados até o momento nas investigações do Ministério Público Federal suíço mostram que a Construtora Norberto Odebrecht SA manteve numerosas empresas-sede, através das quais, entre outros, realizou pagamentos consideráveis a pessoas e empresas”, diz documento assinado em 16 de julho pelos procuradores Stefan Lenz, Luc Leimgruber e Gabriele Beyeler, de acordo com tradução das autoridades brasileiras. Os três listam os destinos do dinheiro: ex-diretores da Petrobras, a Constructora Del Sur, do Panamá, a Klinfield Services, com contas em Andorra e Antigua, e Innovation Research Engineering, com conta em Antigua. Os suíços afirmam que os fatos não estão totalmente comprovados e pedem “cooperação complementar”.
A reportagem procurou a Odebrecht ontem à tarde, mas a assessoria da empresa disse que só poderia comentar o caso hoje. Na sexta-feira, a empreiteira disse ao jornal que não comentaria assuntos relacionados às contas na Suíça apontadas como fonte de pagamentos de propina.
A Polícia Federal indiciou o ex-diretor de Internacional da Petrobras Jorge Zelada e o lobista João Augusto Henriques, ambos ligados ao PMDB, e o empresário Raul Schmidt, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O delegado Filipe Hille Pace ainda indiciou por corrupção ativa o operadore Hamylton Padilha, que teve sua delação premiada homologada pela Justiça, e os dirigentes da empresa Vantage Drilling, Paul Alfred Bragg e Hsin Chi Su, o “Nobu Su”..