Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão do ex-ministro José Dirceu, também foi preso na manhã desta segunda-feira na 17ª fase da Operação Lava-Jato, juntamente com o ex-assessor de Dirceu, Roberto Marques. José Dirceu foi preso hoje em casa, em Brasília, onde cumpria prisão domiciliar por condenação no processo do mensalão. Luiz Eduardo é sócio do ex-ministro na empresa JD Consultoria, já desativada, e investigada por suposto recebimento de propina em contratos da Petrobras.
Leia Mais
PF deflagra mais uma operação da Lava-Jato com prisão de José DirceuCondenado no mensalão, Dirceu passou oito meses na prisãoNova fase da Lava-Jato é batizada de 'Pixuleco' em homenagem a petistaPF prende irmão de José Dirceu, condenado na Lava-JatoMoro estende por mais 5 dias a prisão de irmão de DirceuPF pede prorrogação de prisão de irmão e de braço direito de DirceuIrmão de José Dirceu é personagem misteriosoDefesa de Dirceu diz que ex-ministro tornou-se 'bode expiatório' da Lava-JatoLava Jato: PF identificou mais duas empresas envolvidas nos desviosSem citar Dirceu, FHC exalta instituições que estão combatendo a corrupçãoPrisão de Dirceu liga Lula à Lava-Jato, diz deputado tucanoSobre Lava-Jato, Kassab diz confiar na conduta de DilmaCom prisão de Dirceu, senadores tucanos defendem investigação de Lula e DilmaProcurador da Lava-Jato diz que não existe possibilidade real de Lula ser presoAlckmin defende Lava-Jato e diz que não se alegrar com prisão de ninguémDirceu "sabe-tudo" prestou consultorias milionárias Secretário nacional de Organização do PT chama Lava-Jato de 'espetáculo'Após prisão de Dirceu, líder do PPS diz que PT é organização criminosaPropina de R$ 1,3 milhão pagou reforma da casa de DirceuDirceu repetiu na Petrobras o mesmo esquema usado no mensalãoCom prisão de Dirceu, Caiado insinua faltar pouco para chegar a LulaDelação do lobista Milton Pascowitch levou José Dirceu à prisão da Lava-JatoO ex-ministro José Dirceu foi levado para a Superintendência da Policia Federal em Brasília. Depois de ter prisão preventiva decretada pelo juiz Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava-Jato na 1ª instância, o ex-ministro deixou sua casa na manhã desta segunda-feira, 3, levado por quatro agentes da Polícia Federal. Dois carros da PF deixaram a casa de Dirceu, no Lago Sul em Brasília, às 7h58.
A Polícia Federal incluiu a JD Assessoria e Consultoria em um grupo de 31 empresas "suspeitas de promoverem operações de lavagem de dinheiro" em contratos das obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco - construção iniciada em 2007, que deveria custar R$ 4 bilhões e consumiu mais de R$ 23 bilhões da Petrobras.
O documento é o primeiro de uma série de perícias técnicas da Polícia Federal que apontam um porcentual de desvios na Petrobras de até 20% do valor de contratos. O porcentual é superior aos 3% apontados até aqui nas investigações da Operação Lava-Jato, que incluía apenas a propina dos agentes públicos e políticos.
"Foi identificada movimentação financeira da ordem de R$ 71,4 milhões, tendo como origem Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A e como destino as seguintes empresas, suspeitas de operarem lavagem de dinheiro: Costa Global Consultoria e Participações, JD Assessoria e Consultoria; Treviso do Brasil Empreendimentos e Piemonte Empreendimentos", registra o laudo 1342/2015 presente nos autos da Lava-Jato.
Operação
Na manhã desta segunda-feira, participam da operação, batizada de Pixuleo, nome em alusão ao termo utilizado para nominar propina. em torno de 200 policiais federal. Eles cumprem 40 mandados judiciais - 26 mandados de busca e apreensão, três mandados de prisão preventiva, cinco mandados de prisão temporária e seis mandados de condução coercitiva, em Brasília e nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
De acordo com informações da Polícia Federal, esta fase da operação se concentra no cumprimento de medidas cautelares em relação a pagadores e recebedores de vantagens indevidas oriundas de contratos com o Poder Público, alcançando beneficiários finais e “laranjas” utilizados nas transações. Entre os crimes investigados estão: corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Com agências.