Que o petista José Dirceu, preso hoje na Operação Lava-Jato, é um homem de várias faces – de guerrilheiro a deputado, de poderoso ministro do governo Lula a empresário bem-sucedido e, recentemente, presidiário –, todos sabem. Uma versatilidade que ele levou também para sua empresa JD Assessoria e Consultoria, também investigada na Operação Lava-Jato por suspeita de lavagem de dinheiro desviado da Petrobras por meio de um grupo de empreiteiras. Além de prestar consultoria a pelo menos seis delas, que, segundo o Ministério Público, alimentaram o esquema de pagamento de propina na estatal, a JD também foi contratada por empresas dos mais diversos ramos: imobiliário, cultural, cervejaria, laticínio, marketing, editorial, advocatício, elétrico, digital, alimentício, vidraçaria, telecomunicações e automobilística, no período de 2006 a 2013, de acordo com levantamento da Receita Federal ao juiz Sérgio Moro, que preside as investigações da operação.
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Essa e outras operações da JD levantaram suspeita no Ministério Público e da Polícia Federal, que agora investigam se a empresa realmente prestou serviços de consultoria.