São Paulo e Brasília - O procurador Carlos Fernando Lima, da força-tarefa da Operação Lava Jato, disse a jornalistas nesta manhã de segunda-feira não haver, por ora, "possibilidade real" de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser preso em meio às investigações do esquema de corrupção instalado na Petrobras. "Não existe possibilidade real", respondeu ao ser questionado sobre uma possível prisão do ex-presidente petista. Ele voltou a ressalvar, no entanto, que a operação não se exime de analisar todas as pessoas que possam efetivamente ter participado dos fatos.
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Lima explicou que não há no momento investigação específica na Polícia Federal sobre possíveis desvios no BNDES - que, além da Petrobras, também é alvo de CPI no Congresso Nacional. "Não temos investigação específica no BNDES."
Sistematização
Os integrantes da força-tarefa reiteraram nesta manhã que, apesar de se saber da corrupção histórica no setor público brasileiro, há evidência de "sistematização" dos desvios da Petrobras a partir do governo Lula, em 2003. "Nossos operadores apontam até aqui que houve sistematização da corrupção, como forma de compra de apoio parlamentar mais organizado, por incrível que pareça", disse o procurador Carlos Fernando Lima em referência ao período a partir de 2003.
A Lava Jato também diz ter evidências da ligação de continuidade entre o mensalão e o esquema de desvios bilionário na Petrobras. Questionado, o delegado Márcio Adriano Anselmo disse que a investigação não tem, até o momento, evidência de que os desvios, que prosseguiram após o julgamento do mensalão, possam ter sido usados na vaquinha feita pelo PT para ajudar condenados a pagar multas referentes ao caso. Na época, o partido juntou mais de R$ 2,5 milhões através do mecanismo..