A transferência do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, foi autorizada na noite desta segunda-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. Preso na manhã de hoje na 17º fase da Operação Lava-Jato, Dirceu aguardava a decisão de Barroso para ser levado para a cadeia da Polícia Federal (PF), em Curitiba. O pedido para levá-lo de Brasília, para a capital paranaense foi pedida pelo juiz Sérgio Moro.
No despacho, Barroso argumentou que a decisão foi proferida para que José Dirceu fique à disposição das autoridades judiciais que investigam o esquema de pagamento de propina em contratos com a Petrobras. Dirceu já cumpria prisão domiciliar em casa, por causa da condenação no processo do mensalão.
Barroso disse entender "que a concentração dos atos de apuração criminal no foro do Juízo que supervisiona o inquérito é perfeitamente justificável, na medida em que é lá que se encontram em curso as investigações envolvendo as condutas imputadas ao sentenciado".
Durante a tarde, a defesa do Dirceu pediu que ele permanecesse em Brasília. No pedido, o criminalista Roberto Podval escreve que considera "totalmente desnecessária" a transferência de Dirceu para Curitiba, como foi pedido por Moro ao Supremo. Para defender a permanência do ex-ministro em Brasília, o advogado argumenta que Dirceu mora na capital federal e que quando ele se dispôs a prestar esclarecimentos ao juiz Sério Moro sobre seu suposto envolvimento na Lava-Jato, um delegado de polícia disse a ele que não era necessário o deslocamento a Curitiba.
A expectativa é que o ex-ministro seja levado para Curitiba nesta terça-feira. A Polícia Federal ainda não informou como o transporte será feito.
Com Agência Estado