Brasília - Em jantar realizado na noite dessa segunda-feira,3, com ministros e líderes da base aliada no Congresso, a presidente Dilma Rousseff pediu apoio para fazer a travessia "sem medo" da atual crise política e econômica. Dilma afirmou ainda que, na busca de estabilidade, vai procurar representantes de outros poderes, como os do Judiciário. "Eu não tenho medo. Eu aguento pressão. Eu percebo o que está acontecendo, ouço para mudar e melhorar", disse a presidente no Palácio da Alvorada, ao prometer melhorar o diálogo com os integrantes de sua base de sustentação.
Leia Mais
Em encontro com empresários, Eduardo Cunha descarta "pauta-bomba"Dilma pede a Cunha e Renan que deixem pauta-bomba de ladoRenan Calheiros diz que pauta-bomba não vai preponderar no CongressoPauta-bomba fica para depois no Congresso Aqui no Senado não vai ter pauta-bomba, diz RenanTemer diz que não há bomba fiscal e que pauta será tratada com tranquilidade"Renan afirma que não haverá 'pauta bomba' no CongressoAo anunciar que na próxima semana pretende reunir representantes do Judiciário para pedir apoio, a presidente afirmou que vetou o aumento de até 78% para servidores porque um reajuste nessas proporções não seria possível nem em tempos de crescimento.
"As corporações não podem se apoderar do Estado nem no meu governo nem em governo nenhum", afirmou Dilma, no jantar que teve como prato principal a crise política. "Todos os Poderes precisam lutar para o Brasil prosperar."
A presidente também indicou que vai procurar, nas próximas semanas, representantes do setor empresarial para discutir propostas para o País.
Na primeira reunião com líderes da base aliada após o recesso parlamentar, Dilma fez um brinde "à amizade e à convivência". Apesar de todas as derrotas sofridas e do agravamento da crise política, a presidente disse que o governo saiu "vencedor" no primeiro semestre.
"Ela demonstrou a preocupação do governo em unificar a base, em fazer aquilo que há muito tempo era cobrado, ou seja, uma maior participação de todos, com um núcleo político mais amplificado", disse o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ).