Em um tom protocolar, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, fez uma defesa genérica do ex-ministro José Dirceu, preso nesta terça-feira na 17ª fase da Operação Lava-Lato. Falando em apoio ao combate implacável à corrupção, mas sem o que chamou de "espetáculo midiático", Falcão disse que, assim como em outras situações, ele defende que o ônus da prova é de quem acusa e que cabe ao "companheiro Zé Dirceu" fazer o contraditório.
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Avião de Dirceu decolou de Brasília rumo a CuritibaJosé Dirceu já está na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba Em manifestação no Instituto Lula, Rui Falcão diz que oposição tenta 'golpe'O dirigente petista manifestou preocupação com que o cenário leve à criação de um ambiente "embrião do Estado de exceção" e insistiu que os indícios precisam ser transformados em provas. "Não estamos abandonando nenhum companheiro nosso", respondeu.
Falcão disse estar preocupado com o "desvio de foco" em relação ao "atentado covarde" contra o Instituto Lula, escritório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em sua avaliação, o objetivo é fragilizar o governo Dilma Rousseff e atingir a popularidade de Lula. "Prossegue a escalada dirigida por setores conservadores tentando criminalizar o PT", disse o petista, no início de seu discurso.
Ele pediu urgência na identificação dos autores "terroristas e fascistas" por se tratar de um ataque grave contra o local de trabalho de um ex-presidente da República. "Estamos vendo crescer a intolerância e o ódio que contrasta com a tradição do povo brasileiro", concluiu. O petista anunciou que haverá, em data ainda a ser definida, um ato nas imediações do Instituto Lula, em São Paulo, contra o episódio.
O presidente nacional do PT deixou a reunião da Executiva do PT para dar uma breve entrevista coletiva e anunciou que haverá um ato no dia 14, em Brasília, em prol da educação.
Nesta tarde, o petista classificou como positiva a redução da meta do superávit, assim como o programa de proteção ao emprego e a agenda positiva do governo Dilma Rousseff. Bandeira do PT, Falcão defendeu a taxação das grandes fortunas e sugeriu que a presidente faça um encontro com os movimentos sociais, nos moldes do recente encontro com os governadores..