O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, já está em Curitiba, onde ficará preso pelos próximos dias. O avião que transportou Dirceu até a capital paranaense aterrissou por volta das 16h45 no aeroporto Afonso Pena. De lá ele foi levado para a carceragem da Polícia Federal (PF) onde foi recebido com protesto por um grupo que estava no local. O ex-ministro foi preso nessa segunda-feira, na casa dele, em Brasília, na 17ª fase da Operação Lava-Jato, intitulada Pixuleco.

José Dirceu foi levado para o mesmo local onde outros presos na operação já estão. Entre eles, o doleiro Alberto Youssef, Nestor Cerveró, além dos outros detidos na mesma fase também estão na carceragem.

O voo, que saiu de Brasília por volta das 14h20, demorou pouco mais de duas horas para percorrer a distância. Na chegada à carceragem, cerca de 50 pessoas aguardavam o ex-ministro em frente à sede da Polícia Federal. Na hora em que ele chegou, alguns manifestantes explodiram fogos de artifício, exibindo bandeiras do Brasil e faixas de protesto.

O ex-ministro teve transferência autorizada na noite de ontem pelo ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas o deslocamento só ocorreu nesta terça-feira porque o deslocamento só foi autorizado às 20h, dificultando a logística de transporte.

A prisão foi decretada pelo juiz Sergio Moro, que conduz a Lava-Jato no Paraná. Dirceu foi levado à Superintendência da PF em Curitiba, para onde os demais presos na 17ª fase da Lava-Jato foram levados.

A defesa chegou a pedir ao Supremo que Dirceu permanecesse em Brasília, o advogado argumentou que o ex-ministro mora na capital federal e que quando ele se dispôs a prestar esclarecimentos ao juiz Sério Moro sobre seu suposto envolvimento na Lava-Jato, um delegado de polícia disse a ele que não era necessário o deslocamento a Curitiba. Dirceu já cumpria prisão domiciliar em casa, por causa da condenação no processo do mensalão.

As investigações conduzidas pelo Ministério Público Federal (MPF) indicam que José Dirceu participou, desde a época em que estava a frente da Casa Civil, de esquema de pagamento de propina em contratos com a Petrobras. Com Agência Estado .