Brasília, 04 - Após a retirada dos manifestantes do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) do edifício-sede do Ministério da Fazenda com a ajuda da Polícia Federal, agentes da Polícia Federal retornaram nesta terça-feira, 4, ao local para contabilizar os danos ao patrimônio. Duas portas de vidro, logo na entrada do prédio, foram quebradas ainda ontem, quando ocorreu a invasão. Durante esta terça-feira, a PF fez uma varredura no prédio para identificar possíveis furtos, que o MST nega que tenham ocorrido.
Os vidros da porta principal do ministério foram recolocados há cerca de 30 dias. Antes disso, o prédio ficou sem esses vidros por dois meses, após uma outra invasão de manifestantes. Enquanto isso, um armário e uma chapa de ferro serviram para impedir que o prédio ficasse ainda mais exposto. Agora, a administração do prédio improvisou e colocou uma placa de madeira em uma das portas.
O comitê de imprensa, local onde trabalham os jornalistas que realizam diariamente a cobertura das notícias do ministério, foi um dos primeiros lugares ocupados ontem. Hoje, após a reabertura do prédio, os jornalistas não encontraram cadeiras utilizadas nas longas esperas por autoridades na área externa do ministério. Comidas, cafés e outros objetos pessoais também não estavam no local.
Uma pilastra da sala dos jornalistas foi quebrada e até régua de energia elétrica, canecas e garrafas d'água não foram localizadas após a ocupação dos sem terra.
Funcionários do prédio reclamaram também que celulares e ferramentas que ficam na recepção do prédio desapareceram. A lanchonete do edifício teve a porta arrombada, mas os militantes não chegaram a levar mantimentos do estabelecimento. O banheiro do primeiro andar do prédio, que passou por um ano de reforma e foi entregue há pouco mais de dois meses, encontra-se agora sem as maçanetas e com algumas portas arrombadas.
A assessoria de imprensa do MST afirma que os manifestantes saíram do prédio sem levar qualquer objeto e que nada foi furtado. Segundo eles, a desocupação ocorreu junto com a Polícia Federal e tudo que estava no prédio permaneceu lá. O Ministério da Fazenda ainda não se pronunciou sobre a lista materiais desaparecidos..