São Paulo - Liderada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela União Nacional dos Estudantes (UNE), a coalizão de entidades dos movimentos sociais e de partidos de esquerda escolheu o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ajuste fiscal do governo como alvo de um ato político marcado para o dia 20, na Avenida Paulista, em São Paulo.
Apesar do tom, o foco do movimento não é o Palácio do Planalto. Segundo organizadores, a ideia é fazer um contraponto às manifestações pelo impeachment da presidente marcadas para o dia 16 - e que, desta vez, contam com o apoio formal do PSDB. "Diante dos ataques, a saída será pela mobilização nas ruas, defendendo o aprofundamento da democracia", diz o documento.
Sobre Cunha, as entidades dizem que o parlamentar representa "o retrocesso e um ataque à democracia". Afirmam, ainda, que o peemedebista "transformou a Câmara dos Deputados numa Casa da intolerância e da retirada de direitos".
Além do ato do dia 20, os movimentos sociais marcaram uma série de protestos a partir do dia 7. Nessa data, as entidades vão acompanhar uma ação promovida pelo PT em frente ao Instituto Lula em defesa do ex-presidente, em São Paulo. Na semana passada, o local foi atingido por um artefato explosivo. Por meio de nota, o PT disse ter sido alvo de um "ataque político" contra seu prédio-sede.
Já no dia 16, data dos protestos convocados pelos grupos anti-Dilma, parte das entidades dos movimentos sociais fará uma vigília em frente à sede do instituto para evitar eventuais tentativas de depredação. Os petistas temem que o local seja alvo dos manifestantes favoráveis ao impeachment de Dilma.
Os organizadores da agenda do dia 20 também prometem protestar contra a terceirização, a redução da maioridade penal e a "entrega do pré-sal às empresas estrangeiras".
Com Agência Estado