Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), condicionará a votação em segundo turno da PEC 443, que reajusta salários de servidores da Advocacia-Geral da União (AGU) com efeito cascata para Estados e municípios, à aprovação de outra PEC, a de número 172, que impede o repasse de encargos a entes federados sem a designação da fonte de receita. O votação em primeiro turno está prevista para a tarde desta quarta-feira.
O texto previsto para ser votado nesta tarde vincula o teto dos subsídios de advogados públicos, defensores públicos e delegados das Polícias Federal e Civil a 90,25% do que recebem os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Cunha suspendeu a sessão para tentar poupar Estados e municípios, mantendo apenas aumento de gastos à União. "A PEC 443 criada apenas para a advocacia pública da União é uma coisa.
Para Cunha, o governo não tem mais base aliada e os líderes não estão conseguindo conter a rebeldia de suas bancadas. "Ontem, perdeu-se o controle. O governo perdeu o controle de sua base. Aliás, o governo está sem base", disse Cunha.