A CPI da Petrobras retoma na tarde desta quarta-feira, seus trabalhos após duas semanas de recesso parlamentar. A primeira oitiva deve ser a de Shinji Tsuchiya, presidente da Mitsui.
A Mitsui também foi mencionada no depoimento do doleiro Alberto Youssef, que apontou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como um dos destinatários da propina paga num contrato de aluguel de sondas celebrado pela Petrobras.
Nesta tarde também estava previsto o depoimento de J.W.Kim, da Samsung Heavy Industry no Brasil. A empresa alegou que Kim não preside a companhia desde 2010 e que desde 2012 ele vive na Coreia do Sul. A CPI deve chamar outro representante para prestar depoimento.
A "maratona" de oitivas desta tarde seguirá com quatro policiais federais: o agente Sérgio Ramalho Rezende e os delegados José Navas Júnior, Ricardo Hiroshi Ishida e Sérgio de Arruda Costa Macedo. A expectativa é de que eles expliquem a interceptação de mensagens telefônicas entre Youssef e o executivo da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho.
A defesa do empresário alegou que houve grampo ilegal, já que eles trocavam mensagens de texto por meio de aparelhos Blackberry. Tais celulares têm um sistema próprio para troca de mensagens de texto e, como os servidores que dão suporte ao sistema ficam no Canadá, teoricamente a polícia brasileira não poderia ter acesso ao seu conteúdo.