O ex-diretor da Petrobras Renato Duque (Serviços), preso na Operação Lava-Jato, e seu novo advogado Marlus Arns estiveram na Superintendência da Polícia Federal, no Paraná, para tratar de sua delação premiada nesta quarta-feira. O Ministério Público Federal também participou da reunião.
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Lobista delata 'saldo' de propina de R$ 1,2 mi a Renato DuqueRenato duque vira réu de novo, por corrupçãoPropina de Renato Duque foi roubada no centro do Rio, diz Lava-JatoJustiça Federal do Rio homologa delação premiada de Júlio FaermanNa terça-feira, o delegado Igor Romário de Paula afirmou que as declarações de Renato Duque podem ter o mesmo impacto da delação de um outro ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa (Abastecimento) - capturado em março de 2014. Costa tornou-se o primeiro delator da Lava-Jato e apontou os nomes de deputados, senadores e governadores que teriam sido beneficiários de propinas do cartel de empreiteiras que se instalou na Petrobras entre 2004 e 2014.
"Os que estão presos hoje, se vierem a fazer acordo com certeza vão ter repercussões na área política", disse o delegado da PF Igor Romário de Paula, que integra a força-tarefa da Operação Lava-Jato. O delegado incluiu outros eventuais colaboradores. "Renato Duque, (Nestor) Cerveró, (Fernando) Baiano, enfim", disse Igor Romário de Paula em entrevista na terça-feira.
Duque foi preso após a Polícia Federal flagrar a tentativa do ex-executivo de ocultar patrimônio não declarado na Suíça por meio, por exemplo, da transferência de 20 milhões de euros para uma conta no Principado de Mônaco.
Nesta segunda-feira, os criminalistas Alexandre Lopes, Renato de Morais e João Baltazar renunciaram em todos os processos em que defendiam Duque. "Em razão de princípios nossos, não advogamos para aquele que resolve realizar delação premiada. O advogado do delator passa a ser, em verdade, o Ministério Público.