Em depoimento à CPI da Petrobras, o presidente da Mitsui, Shinji Tsuchiya, reiterou que a empresa japonesa não participou "de nenhum tipo de ilegalidade" na Petrobras. Segundo o empresário, possíveis reuniões com o delator Júlio Camargo foram para tratar de negócios em comum com a Samsung Heavy Industries.
Na delação premiada, Camargo afirmou que, em 2005, era agente da Samsung para fornecer à Petrobras duas sondas de perfuração de águas profundas na África e no Golfo do México. Camargo contou que participou de uma reunião na sala de Nestor Cerveró (diretor da Área Internacional), na sede da Petrobras, onde também estavam o então gerente executivo da área internacional, Luiz Carlos Moreira, o hoje ex-vice-presidente da Samsung, Harrys Lee, e o então gerente da Mitsui, Ishiro Inagaki.
Tsuchiya, que está há poucos meses no Brasil, disse entender que a Mitsui não está envolvida nas investigações da Operação Lava-Jato. "Não temos relação com essas práticas ilícitas" , afirmou o executivo, cujo depoimento já dura mais de uma hora.
O executivo disse desconhecer pagamento de propina e ressaltou que não estava no Brasil à época dos negócios. Ele assumiu a empresa em maio de 2015.