O atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi o mais votado para continuar à frente da PGR. A eleição ocorreu nesta quarta-feira em todas as sedes do Ministério Público Federal (MPF) pelo país. Janot recebeu 799 votos, seguido pelos subprocuradores-gerais, Mario Bonsaglia (462) e Raquel Dogde (402 votos). Os três completam a lista tríplice que será encaminhada à presidente Dilma Rousseff. A tradição é que o Planalto escolha o nome mais votado. O subprocurador Carlos Frederico Santos recebeu 217 votos e ficou fora da lista. A votação é promovida pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
O mandato de Janot acaba dia 17 de setembro. Se for o escolhido por Dilma, para tomar posse o procurador precisa ter o nome aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado e pelo plenário da Casa, em votação secreta.
Nos debates dos quais participou, Janot garantiu que vai continuar trabalhando para manter a independência do Ministério Público e intensificará o combate à corrupção. Ele chefia as investigações da Operação Lava Jato e foi criticado por integrantes do Senado após a deflagração da Operação Politeia, fase da Lava Jato deflagrada no mês passado, que fez buscas e apreensões nas casas dos senadores Fernando Collor (PTB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra (PSB-PE).
Rodrigo Janot Monteiro de Barros ingressou no MPF em 1984, atuou como secretário-geral do MPU e foi presidente da ANPR no biênio 1995/1997. Janot graduou-se em Direito pela UFMG e especializou-se na área de Meio Ambiente e Consumidor na Scuola Superiore di Studi Universitari, em Pisa, na Itália.
Com Agência Brasil