Brasília, 05 - O perito da Polícia Federal Sérgio Ramalho Rezende disse à CPI da Petrobras nesta noite que o sistema de criptografia dos aparelhos BlackBerry pode ter sido o "atrativo" para a escolha desses celulares para comunicação entre alguns personagens investigados pela Operação Lava Jato. Os ex-deputados André Vargas, Luiz Argolo, o doleiro Alberto Youssef e o executivo da OAS José Aldemário Pinheiro Filho, usavam o modelo e alegam no processo que foram vítimas de interceptações ilegais.
"A criptografia gera dificuldade para que informações fossem obtidas e entendidas", explicou o perito, especializado em audiovisual e eletrônicos.
Rezende, que foi arrolado como testemunha de Vargas no processo da Lava Jato, participou de missão oficial no Canadá em 2012 para aprender como armazenar tecnicamente as informações resultantes das interceptações autorizadas pela Justiça. Ele negou irregularidades na quebra do sigilo. Agora os deputados ouvem o depoimento do delegado José Navas Júnior.