Jornal Estado de Minas

Líder do governo na Câmara defende resgate da base aliada


Em um dia de novas derrotas do Palácio do Planalto na Câmara e momentos após partidos aliados anunciarem o rompimento, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), defendeu nessa quarta-feira que a base da petista seja refeita. “Tem que mudar muita coisa”, desabafou em tom de abatimento. Apesar dos apelos no sentido contrário, a maior parte dos aliados de Dilma Rousseff manifestou desde cedo a intenção de votar a favor do primeiro item da pauta-bomba desse semestre, o que eleva o salário de parte da cúpula do funcionalismo público.

Em atrito com o governo desde o pacote de ajuste fiscal, o PDT do ministro do Trabalho, Manoel Dias, anunciou em plenário o rompimento com o Planalto. O PTB também falou em um votar contra o governo nos próximos dias. “É preciso definir mais criteriosamente o que é base e o que não é. A base precisa ser refeita, com critérios de fidelidade, de fidelidade dos ministros. Fizemos o ajuste fiscal, agora é preciso fazer o ajuste político. Tem que mudar muita coisa”, disse Guimarães.
No papel, o governo contava com o apoio de 21 partidos (PDT e PTB inclusos), que somam 364 das 513 cadeiras da Câmara. Na prática, porém, a base de Dilma Rousseff tem se mostrado bem menor e bastante instável.

Nessa quarta-feira, Guimarães se reuniu a portas fechadas com o PTB do ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, para conter o rompimento público de mais esse partido. Enquanto isso, no plenário, petistas acusavam o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deliderar uma tentativa de golpe contra Dilma. Cunha discutiu nos últimos dias com a oposição, nos bastidores, formas de dar sequência a um pedido de impeachment contra a petista. O peemedebista nega..