O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) pediu para a Justiça Federal um prazo maior para definir o que será feito com os lotes da BR-381 que foram abandonados pelo consórcio Isolux/Engevix. Após a desistência das empresas de executar as obras na rodovia em um trecho de 160 quilômetros, entre Jaguaraçu e Governador Valadares, a juíza Dayse Starling determinou ao órgão que apresentasse, em cinco dias, uma solução para evitar que as obras fiquem paradas. O prazo venceu na terça-feira sem uma posição oficial do departamento. O Dnit pediu para que o prazo seja estendido para 14 de agosto, quando está marcada uma audiência de conciliação entre as empreiteiras e o órgão federal. A Justiça Federal não se manifestou sobre o pedido.
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Reassentamento No mesmo dia em que está marcada a audiência de conciliação do Dnit com a Isolux/Engevix, em 14 de agosto, técnicos do órgão, junto com representantes da Justiça Federal, visitarão a Vila da Luz, comunidade às margens do Anel Rodoviário de Belo Horizonte, que será removida para a duplicação da rodovia. Os dois lotes mais próximos à capital mineira são os mais atrasados de toda a obra. Previstos para serem licitados até o final do primeiro semestre, os editais não têm data para serem lançados e devem ficar para o ano que vem.
As visitas e encontros com moradores são parte da primeira etapa do projeto de reassentamento dos moradores vizinhos da BR-381. As famílias são cadastradas e entrevistadas por assistentes sociais e psicólogos, e suas casas são marcadas conforme a situação de vulnerabilidade dos habitantes e condições físicas das respectivas moradias. Os moradores serão informados sobre as modalidades de reassentamentos, as indenizações e os próximos passos da obra..