Brasília - Após perder dois partidos da base aliada, o articulador político do governo, o vice-presidente Michel Temer, fez mais um apelo e disse que o governo não vai se impressionar com "o dia de ontem e nem o de hoje". "Nós vamos continuar dialogando, não vamos nos impressionar com dia de ontem, com dia de hoje, mas o alerta era indispensável".
Sobre o PTB, Temer disse que o partido declarou independência e que isso significa que "votará de acordo com suas convicções, o que, de alguma maneira, já vinham fazendo".
Em relação ao PDT, o vice-presidente lembrou que o partido votou contra o governo nas medidas provisórias do ajuste fiscal. "Muito atento às suas convicções, quando se verificaram as medidas provisórias, por exemplo, a do seguro desemprego, os parlamentares do PDT vieram a mim e disseram que não podia votar, que iam votar contra", finalizou.
Datafolha
Ao ser questionado sobre o resultado da pesquisa Datafolha, que mostrou uma reprovação de 71% da presidente Dilma Rousseff, Michel Temer pediu que prestassem atenção na reeleição da presidente. Temer chegou a dizer que "a pesquisa de hoje não será a de amanhã".
Ele afirmou ainda que "o povo brasileiro, muito recentemente, aplaudiu a presidente elegendo-a para um novo mandato". Segundo ele, nas eleições de outubro e novembro do ano passado, o povo foi às urnas e disse "olha, nós queremos continuar o sucesso que a presidente Dilma teve no primeiro mandato".
Para Temer, o resultado da pesquisa que mediu a popularidade da presidente "é uma coisa cíclica". "Essas pesquisas muitas vezes são negativas para logo depois se tornarem positivas", disse.
O vice-presidente ressaltou os feitos de Dilma ao longo do seu governo, de acordo com ele, "a presidente tem feito um esforço extraordinário e tem praticado os melhores gestos". Temer citou como exemplo a reunião da presidente com os governadores, para revelar a função federativa. Segundo ele, a presidente tem feito um "trabalho excepcional para manter a tranquilidade institucional no país".
"Tenho absoluta convicção, conversei com a presidente Dilma, conversei no governo e em breve tempo essa pesquisa se reverterá, ou seja, a presidente Dilma terá um apoio extraordinário da população brasileira", finalizou.