Um dia depois de admitir o agravamento da crise política e após se encontrar com a presidente Dilma Rousseff (PT), o vice-presidente Michel Temer amenizou na manhã desta quinta-feira a fala do dia anterior. Ao fazer uma palestra para alunos do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), o peemedebista disse que a única coisa necessária para resolver a crise política no país é o diálogo. “Crise econômica acontece e é superada e uma eventual crise política no Congresso acontece e é imediatamente superada, como será ao longo do tempo”, afirmou. Temer afirmou ainda que o país tem hoje “governabilidade plena”.
O vice-presidente disse que o alerta do dia anterior era indispensável pois fingir que não existe crise não ajuda a superar o quadro. “Não vamos nos impressionar com o dia de ontem nem com o dia de hoje”, afirmou. O peemedebista afirmou ainda que também não é o caso de se impressionar com a baixa de dois partidos, que anunciaram a saída da base: PDT e PTB. De acordo com ele, as distensões são próprias da democracia. “Temos uma base aliada de muitos partidos e um ou outro pode momentaneamente se afastar. Aliás o que declararam foi independencia e isso significa que votarão de acordo com suas convicções”, disse.
Temer disse que o governo vai levar em conta as declarações de parlamentares, que aconselharam o Executivo a refazer sua base aliada. “Temos de ter tranquilidade para harmonizar toda a bse governista e, mais que isso, tem de haver preocupação com o país. E aqui a presidente tem, o Congresso tem e a sociedade brasileira tem”, afirmou. O vice afirmou que a presidente Dilma fez um “trabalho excepcional” ao longo do tempo e teve, “embora muitas vezes se diga o contrário, um relacionamento muito fértil com o Congresso Nacional, com os governadores, de modo que temos governabilidade plena no país”, disse.
Sobre a pesquisa Data Folha, que apontou uma reprovação de 71% da presidente, Michel Temer considerou um dado cíclico. “Essas pesquisas são negativas para logo depois se tornarem positivas. Aliás, a presidente Dilma tem feito um trabalho excepcional exatamente para manter uma tranquilidade institucional no nosso país, então a pesquisa de hoje não será a pesquisa de amanhã”, afirmou. O articulador político da petista disse ainda ter convicção de que “em breve” as pesquisas vão se reverter. “Dilma terá um apoio extraordinário da população brasileira