São Paulo e Curitiba – O lobista Mário Góes, um dos delatores da Operação Lava-Jato, entregou à Justiça Federal documentos que podem corroborar as declarações feitas em seu acordo de delação premiada. Mário Góes é apontado como operador de propinas na Diretoria de Serviços da Petrobras, cota do PT na estatal.
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Operação Lava-Jato tem cinco novos delatoresDelator da Lava-Jato cita diretor da EletrobrasEmpresa de delator da Lava-Jato foi subcontratada em esquema de cartel dos trensEm julho, um laudo contábil-financeiro elaborado por peritos criminais da Polícia Federal revelou que entre 2003 e 2014 foram movimentados R$ 220 milhões, em valores brutos, em contas de Mário Góes.
Os peritos indicaram que a movimentação financeira nas contas do operador de propinas e das empresas ligadas a ele (Riomarine Oil e Gás Engenharia e Empreendimentos LTDA e Mago Consultoria S/C LTDA), se acentuou a partir do biênio 2008/2009. Investigadores da Lava-Jato suspeitam que a Riomarine é uma empresa de fachada, usada para 'esquentar' dinheiro de propina em contratos frios de consultoria.
Os novos documentos agora entregues pelo próprio Mário Góes podem ajudar os investigadores da Lava-Jato a descobrir os beneficiários de propinas e da lavagem de dinheiro desviado da Petrobras. A conta Maranelle, controlada por Mário Góes, era uma das que ele utilizava para recebimento de propinas no exterior.
Em delação premiada, o lobista confirmou que usou suas empresas, a RioMarine e a Phad Corporation, para repasse de propina e lavagem de dinheiro da empreiteira Andrade Gutierrez. Ele decidiu contar o que sabe sobre o esquema de corrupção na estatal em troca de benefícios, como redução de pena.
Em relatório de Análise de Material de Informática, subscrito por peritos da Polícia Federal em 19 de julho, aponta 'indícios de pagamento de vantagens ilícitas a Pedro Barusco (ex-gerente da Petrobras) junto a Phad Corporation pela Zagope Angola Engenharia e Construção, empresa ligada a Andrade Gutierrez'. Barusco é um dos delatores do esquema de corrupção e propina instalado na estatal e desbaratado pela força-tarefa da Lava-Jato.
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