Brasília – A defesa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso a depoimentos prestados pelo lobista Julio Camargo à Procuradoria-Geral da República (PGR) no âmbito das investigações da Operação Lava-Jato, que apura esquema de corrupção na Petrobras. Os advogados do peemedebista argumentam que o Ministério Público Federal está "sonegando" informações da defesa.
"O que se observa nesse caso concreto é que os atos investigativos conduzidos pelo órgão máximo do Ministério Público Federal estão sendo sonegados tanto à defesa do requerente como, especialmente, ao Supremo Tribunal Federal, órgão responsável por fiscalizar a legalidade dos atos realizados pelas autoridades policiais e do Ministério Público, especialmente quando se trata de inquérito judicial", reclamam os advogados de Cunha ao Supremo.
"O próprio Procurador-Geral da República reconhece já ter realizado atos investigatórios (sobre Cunha)", argumentam os advogados. Os depoimentos de Camargo prestados em Brasília permanecem em sigilo até o momento. A defesa de Cunha quer que toda a investigação realizada pela PGR sobre Cunha, especialmente os depoimentos de Camargo, seja juntada no caso que tramita no STF.