Rio - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rompido com o governo desde o dia 17 de julho, usou mais uma vez as redes sociais para negar que esteja trabalhando para fragilizar a presidente Dilma Rousseff com a votação de uma "pauta-bomba" e a abertura de CPIs incômodas ao Palácio do Planalto. "A tentativa de alguns de me colocar como vilão das contas públicas por retaliação ao governo não tem amparo na realidade dos fatos", reclamou em sua conta no Twitter na tarde deste domingo, 9. "Sei bem os riscos que sinais equivocados podem causar na avaliação do grau de investimento do País e não compactuo com isso", afirmou. "É preciso parar de especular e tratar as coisas com mais seriedade", afirmou Cunha.
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O peemedebista também negou ter instalado novas CPIs para trazer novos problemas ao governo. A que mais preocupa o Planalto é da CPI do BNDES. "Se a vez eram dessas CPIs, o que me restava fazer a não ser cumprir a minha obrigação. Não fui eu que protocolei as CPIs.
Cunha lembrou que projetos problemáticos para o governo, por implicarem em aumento de gastos, têm sido aprovados com votos de parlamentares do PT e outros partidos governistas. "É preciso parar com essa fantasia de que sou responsável pelo resultado das votações,como se eu fosse capaz de convencer a todos. Sem reagrupar a sua base e constituir uma maioria sólida, o governo continuará com problemas e sofrendo derrotas. Agora, não cabe a mim constituir a maioria que o governo não tem para vencer votações no plenário da Câmara".
Cunha negou que o fato de ter rompido com o governo esteja ligado à "pauta-bomba" da Câmara. "E convencer por um motivo de retaliação. Será que todos se submeteriam a isso? E os votos de deputados que me fazem oposição aberta, tais como os do PT?", questionou..