A presidente Dilma Rousseff se reuniu na noite deste domingo, no Palácio da Alvorada, em Brasília, com ministros e líderes do governo na Câmara e no Senado para avaliar o cenário atual e definir estratégias para enfrentar a crise. A reunião começou por volta das 19h30 e terminou por volta das 22h.
O ministro chefe da Secretaria de Conumicação Social da Presidência da República, Edinho Silva (PT), disse, após o encontro, que a presidente não pensa em fazer uma reforma ministerial imediatamente, mas que o Planalto não nega que o país atravessa uma crise. Segundo o ministro, Dilma está disposta a dialogar com os partidos que deixaram a base de sustentação do governo nos últimos dias, como o PDT e o PTB. Ela deverá receber lideranças dessas legendas nos próximos dias.
Ainda segundo o ministro, a reunião serviu para avaliar o cenário político do país e a condução da base diante do cenário de dificuldades na economia e problemas enfrentados na articulação da base no Congresso Nacional. O sentimento majoritário é de unidade , vontade política para que a base se consolide o mais rápido possível”, disse Edinho Silva.
Na semana passada, durante a volta do recesso parlamentar, o Congresso retomou seus trabalhos com dificuldades entre o governo e parte da base aliada na votação de projetos que aumentam os gastos públicos, as chamadas pautas-bomba. O primeiro round da batalha foi a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) 443/09 que vincula o salário da Advocacia-Geral da União (AGU), dos procuradores estaduais e municipais e dos delegados das Polícias Civil e Federal à remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O governo queria adiar a votação, para costurar um acordo com os líderes partidários e tentar construir uma alternativa à PEC que, segundo ele, prejudicaria as contas públicas da União, dos estados e dos municípios, em cerca de R$ 9,9 bilhões ao ano. Mas foi derrotado com o apoio de parte da base aliada.
Edinho Silva avaliou como positiva a reunião, que durou cerca de duas horas e meia e foi marcada após uma semana de tensão do governo com a base aliada no Congresso Nacional. “O sentimento majoritário é que não vamos permitir que interpretações ou utilização política, por alguns setores minoritários, no nosso entender, da própria base e da oposição que elas possam provocar ruídos ou dificultar a construção da governabilidade”, disse o ministro.
De acordo como Edinho Silva, durante a reunião o vice-presidente Michel Temer, responsável pela articulação política do governo, foi enfático em defender o seu compromisso com a presidenta Dilma Rousseff e com a governabilidade. “Todos reconhecem o papel de destaque que o vice-presidente Temer tem. Hoje, ele cumpre um papel fundamental na construção da governabilidade” acrescentou o ministro da Comunicação.
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O primeiro a chegar para a reunião na noite deste domingo foi o ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo. Nelson Barbosa (Planejamento), Eduardo Braga (Minas e Energia), Edinho Silva (Comunicação Social), Ricardo Berzoini (Comunicações), Miguel Rossetto (Secretaria-geral da Presidência) e Antonio Carlos Rodrigues (Transportes) compareceram à residência oficial da presidente. Participam do encontro também representantes dos parlamentares, como o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e o senador José Pimentel (PT-CE), líder do governo no Congresso.
No total, 13 ministros participaram da reunião: José Eduardo Cardozo (Justiça), Aloizio Mercadante (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Gilberto Kassab (Cidades), Jaques Wagner (Defesa), Nelson Barbosa (Planejamento), Ricardo Berzoini (Comunicações), Antônio Carlos Rodrigues (Transportes), Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia), Eduardo Braga (Minas e Energia), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) e Edinho Silva (Comunicação Social). O vice-presidente da República, Michel Temer, e os líderes do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), e no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), também participaram da reunião.
Encontro antecipado
Diante do agravamento do cenário de crise, Dilma resolveu antecipar a reunião, que normalmente acontece às segundas-feiras.
Com agências
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