Belo Horizonte - O Palácio Tiradentes fez nova revisão na estimativa de receita do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), responsável pela maior parte dos recursos que entra nos cofres públicos de Minas Gerais, e, com a retração na economia, elevou de R$ 2 bilhões para R$ 4,4 bilhões a queda prevista na receita do tributo no encerramento de 2015.
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Além do tamanho da folha - cerca de R$ 3,3 bilhões por mês - e da arrecadação em queda, o governo aumentou em 31,78% os salários dos professores. A folha da categoria soma cerca de R$ 20 bilhões por ano, a metade do valor total gasto com o funcionalismo. Para tentar aliviar o caixa, o governo também decidiu intensificar a cobrança judicial de dívidas do ICMS. O Estado tem cerca de R$ 50 bilhões a receber de empresas sonegadoras.
Outra iniciativa é a realização de uma auditoria na folha do Estado para identificar benefícios que estariam sendo pagos indevidamente aos servidores. Sem recursos, obras como recuperação de rodovias e construção de hospitais só estão sendo feitas com dinheiro de financiamento. "A situação hoje é ainda pior do que quando assumimos o governo", diz o secretário. .