Curitiba - O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava-Jato, aceitou denúncia contra o ex-diretor da Petrobrás Jorge Zelada (Internacional), os lobistas João Augusto Henriques, suposto braço do PMDB no esquema de propinas na estatal, Raul Schmidt Felippe Junior e Hamylton Padilha - um dos delatores da Lava-Jato -, o ex-diretor geral da área Internacional da estatal Eduardo Vaz da Costa Musa e o executivo chinês Hsin Chi Su (Nobu Su). Os seis são réus por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
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De acordo com a denúncia, em troca de propina, Zelada e Eduardo Musa beneficiaram a sociedade americana Vantage Drilling no contrato de afretamento do navio-sonda Titanium Explorer, celebrado com a Petrobras no valor de US$ 1.816.000,00. A Comissão Interna de Apuração instituída pela Petrobrás a partir das investigações da Operação Lava-Jato apontou diversas irregularidades neste contrato, como por exemplo a não submissão de pedido à diretoria executiva da estatal para o início das negociações e da contratação; a finalização dos trabalhos da Comissão de Negociação antes da conclusão do processo de negociação e contratação; a inexistência de provas do recebimento das propostas de todos os fornecedores; a inexistência de elaboração de relatório final da contratação; propostas comerciais enviadas por e-mail; e submissão de relatório incompleto à Diretoria Executiva.
Jorge Luiz Zelada sucedeu Nestor Cerveró no comando da Diretoria da Área Internacional da Petrobrás, em 2008. O Ministério Público Federal descobriu duas contas secretas de Zelada no Principado de Mônaco, uma delas com saldo sequestrado de 10.294.460,10 euros..