O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), queixou-se, nesta terça-feira, dos efeitos da crise econômica nos cofres dos municípios, alegando que a situação, agravada pela crise política, tem prejudicado a prestação dos serviços nas cidades. Ele fez um apelo aos líderes políticos para que resolvam as desavenças partidárias para que o país possa focar seus esforços em voltar a crescer. Sem se referir diretamente ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), Lacerda disse que o atual momento de dificuldades financeiras foi causado por “medidas erradas nos últimos anos”. “É uma situação grave, não é uma situação simples de resolver a da nossa economia, e vai ser preciso muita sabedoria, tranquilidade e harmonia entre os poderes para que a solução seja encontrada para a crise política, qualquer que seja ela”, disse, alegando que não está “nem defendendo nem atacando ninguém”.
Leia Mais
Em carta, prefeitos alertam para gravidade da crisePrefeitos de cidades de Minas prometem paralisar serviços em protesto contra o arrochoNegociações sobre revisões no pacto federativo estão caminhando bem, diz LacerdaMarcio Lacerda assume direção estadual do PSBLacerda tem encontro com Gilmar Mendes e ministro da Saúde em BrasíliaLacerda tem encontro com Mercadante para tratar de reinvindicações dos prefeitosAliados de Lacerda na Câmara de BH driblam oposiçãoHoje, após participar da cerimônia de posse do novo comando da Guarda Municipal da capital, Lacerda voltou a tocar no assunto. “Estamos fazendo um apelo aos líderes políticos para que conversem e encontrem um caminho para resolver a crise política. Com a crise política em andamento é bem mais difícil resolver o problema da falta de crescimento da economia.
Segundo Marcio Lacerda, na quinta-feira desta semana ele deve se encontrar com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para tratar da pauta de interesse dos prefeitos. “Precisamos que sejam tomadas decisões, e a crise política está adianto e dificultando.”
Ainda em sua fala, o prefeito de Belo Horizonte afirmou que algumas obras previstas para a cidade, como a expansão do BRT/Move para a Avenida Amazonas estão sem recursos garantidos por causa da crise. Já outras intervenções estão sendo feitas porque o município já tinha recursos garantidos. “Outros projetos que nós temos financiamento, como é o caso de prevenção de enchentes na Cristiano Machado, o novo trecho do Boulevard Arrudas próximo à rodoviária, estamos tocando porque já tínhamos o financiamento. Então, o BRT Amazonas neste momento está sem recursos definidos”, finalizou. .