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Estado de Minas

Lacerda diz que "governo tomou medidas erradas" na economia e pede fim da crise política

O prefeito de Belo Horizonte e presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) reclama que os municípios são os que mais sofrem com a falta de recursos nos cofres públicos


postado em 11/08/2015 15:27 / atualizado em 11/08/2015 15:56

Prefeito Marcio Lacerda participou da cerimônia de troca de comando da Guarda Municipal de Belo Horizonte(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Prefeito Marcio Lacerda participou da cerimônia de troca de comando da Guarda Municipal de Belo Horizonte (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), queixou-se, nesta terça-feira, dos efeitos da crise econômica nos cofres dos municípios, alegando que a situação, agravada pela crise política, tem prejudicado a prestação dos serviços nas cidades. Ele fez um apelo aos líderes políticos para que resolvam as desavenças partidárias para que o país possa focar seus esforços em voltar a crescer. Sem se referir diretamente ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), Lacerda disse que o atual momento de dificuldades financeiras foi causado por “medidas erradas nos últimos anos”. “É uma situação grave, não é uma situação simples de resolver a da nossa economia, e vai ser preciso muita sabedoria, tranquilidade e harmonia entre os poderes para que a solução seja encontrada para a crise política, qualquer que seja ela”, disse, alegando que não está “nem defendendo nem atacando ninguém”.

Nessa segunda-feira, o socialista – que é presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) –, já havia divulgado uma carta em que pede que sejam removidas “eventuais dificuldades” na relação entre Executivo e Legislativo.

Hoje, após participar da cerimônia de posse do novo comando da Guarda Municipal da capital, Lacerda voltou a tocar no assunto. “Estamos fazendo um apelo aos líderes políticos para que conversem e encontrem um caminho para resolver a crise política. Com a crise política em andamento é bem mais difícil resolver o problema da falta de crescimento da economia. E, sem crescimento, não temos arrecadação de impostos e a população é que vai sofrer mais, principalmente, a população que mais precisa de recursos públicos”, disse.

Segundo Marcio Lacerda, na quinta-feira desta semana ele deve se encontrar com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para tratar da pauta de interesse dos prefeitos. “Precisamos que sejam tomadas decisões, e a crise política está adianto e dificultando.”

Ainda em sua fala, o prefeito de Belo Horizonte afirmou que algumas obras previstas para a cidade, como a expansão do BRT/Move para a Avenida Amazonas estão sem recursos garantidos por causa da crise. Já outras intervenções estão sendo feitas porque o município já tinha recursos garantidos. “Outros projetos que nós temos financiamento, como é o caso de prevenção de enchentes na Cristiano Machado, o novo trecho do Boulevard Arrudas próximo à rodoviária, estamos tocando porque já tínhamos o financiamento. Então, o BRT Amazonas neste momento está sem recursos definidos”, finalizou.


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