A Câmara dos Deputados entrou na sexta-feira com uma interpelação judicial contra a advogada criminalista Beatriz Catta Preta, para que ela informe à Justiça os autores da ameaça que ela relatou estar sofrendo. Caso ela não apresente suas informações, a Câmara deverá entrar com uma ação judicial por danos morais contra a advogada, informou o procurador da Casa, deputado Cláudio Cajado (DEM-BA).
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Após convocação de Catta Preta, Motta tem encontro com presidente da OABAdvogado divulga carta pública em defesa da criminalista Beatriz Catta PretaPresidente da OAB lamenta ameaças relatadas por Beatriz Catta PretaJustiça veta pedido da Câmara e livra Catta Preta de explicar 'intimidações'Especializada em delações premiadas, Catta Preta tinha diversos delatores da Lava-Jato na sua carta de clientes. Entre eles estava o lobista Júlio Camargo, que afirmou ter sido ameaçado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para pagar propinas de US$ 5 milhões. Cunha nega a afirmação de Camargo e a autoria das ameaças.
A interpelação contra Catta Pretta foi protocolada na Justiça Federal de Barueri, município de domicílio da advogada, que ainda não foi citada.
O procurador da Câmara, Cláudio Cajado, nega que a medida seja mais uma ameaça à advogada. Segundo ele, a criminalista não é obrigada a responder, apesar de se tornar alvo de ação por danos morais se não prestar as informações. "Não estamos ameaçando, mas queremos clarear essa história e mostrar quem a ameaçou.".