Brasília - Após ser apontado em auditoria interna da BR Distribuidora como único responsável por ilegalidades em contratos com a UTC no valor de R$ 650 milhões, o gerente adjunto de Instalações da subsidiária da Petrobras Marcos Aurélio Frontin acusa o atual presidente da BR, José Lima de Andrade Neto, e a antiga diretoria de terem determinado contratação irregular com a empresa do empreiteiro Ricardo Pessoa, um dos réus delatores da Operação Lava Jato.
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Questionado sobre se não estranhou o fato de a mesma empresa ter sido contratada consecutivamente para três obras no valor de R$ 650 milhões, ele voltou a dizer que não era sua competência e negou que tenha recebido oferta de propina e ou algum valor.
O gerente disse também que nunca recebeu o resultado de auditoria feita na empresa e não pôde retrucar em momento algum. "Estou numa situação desconfortável com meus colegas. É uma punhalada nas costas de uma empresa que dediquei mais da metade da minha vida." .