Vereadores de oposição ao governo do prefeito Marcio Lacerda (PSB) travam na manhã desta quarta-feira uma queda de braço com o presidente da Câmara de Belo Horizonte, Wellington Magalhães (PTN). De um lado, os vereadores tentam obstruir a reunião extraordinária para análise de vetos do Executivo a projetos diversos. A estratégia da oposição visa manter a pauta de votação em plenário travada, tendo em vista que após os vetos do prefeito, entra em votação a mudança do regimento interno da Casa, que não agrada aos opositores de Lacerda.
Para agilizar a votação, Magalhães permite aos vereadores usarem o microfone para discutir apenas os projetos em discussão. Do contrário, ele corta a palavra do parlamentar. Dos vereadores da oposição, o mais exaltado é o vereador Pedro Ananias (PT). "O sr. não respeita nada, presidente (vereador Wellington Magalhães)", afirmou Patrus.
A discussão acirrada desta manhã de hoje tem a ver com a resolução da presidência da Câmara de intensificar a votação em plenário, que não irá poupar nem os fins de semana, para desaguar na mudança do regimento interno da Câmara de Belo Horizonte. A partir desta quarta-feira, os vereadores deverão estar presentes em sessões marcadas para 9h30, 14h30 e 22h30 de segunda-feira a domingo, até o dia 31.
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Apresentado na Casa no mês passado, o Projeto de Resolução 1.629 muda uma série de normas, como o tempo de fala dos parlamentares em reuniões plenárias, a prerrogativa de retirar matérias de pauta e contestar projetos. O grupo de oposição tem obstruído a pauta com a alegação que as modificações propostas visam calar a minoria e preparar terreno para a aprovação, com mais facilidade, do projeto que trata do uso e ocupação do solo da capital. O texto só será encaminhado à Câmara depois da modificação do regimento. Já a base contesta: diz que a oposição não pode parar os trabalhos no Legislativo, como já foi feito no primeiro semestre deste ano. (Com Isabella Souto)
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