O Tribunal de Contas da União (TCU) detectou sobrepreço de R$ 673 milhões nas obras das unidades de coqueamento retardado da Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, tocadas por um consórcio integrado pela empreiteira Camargo Corrêa, investigada na Operação Lava-Jato, e a CNEC Engenharia.
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Condenados de Abreu e Lima vão pagar R$ 50 milhões de indenizaçãoPF faz buscas na Refinaria Abreu e Lima e na casa de sócio de Eduardo CamposAuditoria culpa Gabrielli e executivos por dano em refinariaContas da União devem ir a plenário o mais rápido possível, diz ministro do TCUConforme o grupo de componentes analisado, o tribunal detectou que o sobrepreço chegou a até 174%. Em seu voto, o ministro Benjamin Zymler destacou que os porcentuais excedem - e muito - os valores por ora apurados na investigação do esquema de corrupção da Petrobras.
"Na Lava Jato, é dito e repetido que as propinas corresponderam a 1%, 2%, 3% dos contratos. Estamos falando de 114%. Os números são muito maiores que esses absurdos números que nos causam perplexidade. Muito provavelmente vão superar a casa de dezenas milhões de reais", comentou.
A auditoria do TCU foi possível a partir do compartilhamento de informações da 13ª Vara da Justiça Federal no Paraná, que conduz as ações da Lava-Jato na primeira instância. O tribunal analisou os contratos e cruzou informações com as notas fiscais apresentadas pelas empresas.
Em decisão aprovada nesta quarta-feira, o TCU instaurou uma Tomada de Contas Especial (TCE), procedimento legal que permite ao setor público identificar responsáveis por danos ao erário e buscar o ressarcimento..