O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) negou habeas corpus para o ex-diretor de Internacional da Petrobras, Jorge Luiz Zelada, preso sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro. A decisão, nesta quarta-feira, mantém Zelada na prisão e foi tomada por unanimidade pela 8ª Turma do TRF4. Para o relator da Operação Lava-Jato na Corte, desembargador João Pedro Gebran Neto, o ex-diretor da estatal 'é um dos investigados com posição de preponderância no grupo, sendo necessária a manutenção da prisão preventiva'.
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Zelada teve 15 encontros oficiais com lobista do PMDB, revela agendaZelada e lobista do PMDB viram réus na Lava-Jato por corrupçãoLava Jato denuncia Zelada por corrupção e executivo por propina ao PMDBMoro determina que Zelada seja transferido para prisão estadualZelada está preso desde o dia 2 de julho. A detenção fez parte da 15.ª fase da Operação Lava-Jato. Ele é acusado de tentar ocultar valores desviados. Entre julho e agosto de 2014, Zelada transferiu o equivalente a R$ 25 milhões de contas secretas na Suíça para o Principado de Mônaco.
A defesa do executivo argumentou perante o TRF4 que as informações de Mônaco são conhecidas pelas autoridades desde fevereiro de 2015. A defesa de Zelada afirma que não houve reiteração delitiva que justificasse a medida cautelar decretada em julho.
Ao votar pela rejeição ao habeas corpus de Zelada, o relator Gebran Neto, responsável pelas ações da Lava-Jato no tribunal, anotou que o acusado 'tinha uma conduta bastante semelhante a de outros diretores da Petrobras investigados' - como Nestor Cerveró (antecessor de Zelada) e Renato Duque (ex-diretor de Serviços), 'recebendo a propina das empreiteiras e negociando diretamente o ganho junto a algumas empresas com contratos menores'..