Brasília, 12 - Após se reunir com cerca de 40 senadores, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que a agenda construída pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, tem afinidades com as necessidades do Brasil.
"Eu acho que o presidente do Senado consolidou um passo extremamente importante e tem uma grande afinidade com as expectativas e necessidades do Brasil neste momento e com a direção que o governo vinha apontando para lidarmos com a realidade da transformação que a nossa economia precisa", disse o ministro.
Ainda segundo o dirigente da Fazenda, na agenda construída por Calheiros, "há pontos muito importantes que vão afetar a vida, os empregos, trabalho e crescimento da economia na velocidade em que forem tratadas".
Para o ministro, a pauta apresentada mostra um compromisso em transformar a economia. Otimista, Levy acredita que os encaminhamentos que tem tratado com o Senado em relação à reforma do ICMS são positivos. "Renan já deu uma valorização e uma priorização em questões como o próprio ICMS, que é um tema complexo, mas que o próprio Senado construiu alternativas que tem grandes chances de se realizarem", afirmou.
Outro ponto levantado pelo ministro é o investimento em infraestrutura. Segundo ele, "há coisas estruturais que facilitam isso (as licitações de infraestrutura), dando maior clareza e segurança na licitação, na contratação e execução das obras". "São medidas que transformam profundamente certos aspectos da situação do Brasil e que atrapalham o investimento", ponderou Levy.
Sobre a agenda que deve ser votada no Congresso, Levy acredita que a Casa deve começar com alguns tópicos e ir avançando nas alternativas listadas nos documentos apresentados.
"Nós produzimos um documento que contextualiza pontos que achamos prioritários, como ICMS, PIS/Cofins, marcos de infraestrutura e a questão fiscal", disse.
Segundo Levy, o presidente do Senado chegou a levantar a questão da previdência social, onde "há espaço para se discutir e aprimorar, dando maior segurança e perspectiva econômica para o Brasil". "Há convergência de começar com o que já vem sendo discutido há algum tempo", frisou o ministro.
Para Levy, três pontos devem ser os primeiros a ser votados - repatriação de fortunas, reforma do ICMS e desoneração da folha de pagamento - para depois votar questões relacionadas à infraestrutura. "Essa é uma pauta que pode vir a seguir", ponderou.
"Há diversos projetos e assuntos que já estão amadurecidos no Congresso e abrem a possibilidade de se iniciar esse novo movimento", enfatizou Levy.
Congresso
Levy afirmou que não só o Congresso Nacional como "todo mundo" tem a consciência da situação fiscal do Brasil.
"A pauta conversa com a realidade e os desafios de voltar a criar emprego", frisou. O ministro disse ainda que a agenda apresentada "dá um horizonte e mostra o compromisso de ir aos fatos que vão transformar a nossa economia"..