O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quinta-feira que vai apresentar, na próxima segunda-feira, um "cronograma detalhado" de votação das propostas da chamada "agenda Brasil". Segundo o peemedebista, matérias que atendam tanto o interesse da Casa quanto do governo terão prioridade.
"Na próxima segunda-feira, nós vamos apresentar um cronograma detalhado onde as matérias convergentes já poderão ser pautadas, para que essa agenda seja levada adiante", disse.
O primeiro item da pauta será o projeto que acaba com a política de desoneração da folha de pagamento, considerado o derradeiro da lista do ajuste fiscal. Após a conclusão dessa votação, a ideia é avançar em temas como a reforma do ICMS e a repatriação de recursos de brasileiros depositados no exterior.
Na quarta,2, Renan apresentou uma versão ampliada da agenda. Apesar de ter voltado atrás na proposta de cobrar por serviços do SUS, o peemedebista incluiu temas considerados polêmicos, como a redução de ministérios e o fim do Mercosul.
Sobre o projeto da desoneração, o último do pacote do ajuste fiscal enviado ao Congresso pelo governo, Renan voltou a afirmar que os parlamentares ainda não chegaram a um acordo, mas disse que a votação deverá ser concluída na próxima terça-feira. "A Câmara excluiu cinco setores, isso retira o mínimo de política industrial e de planejamento. Talvez fosse melhor reincluir setores com o mesmo resultado, mas isso só vai evoluir se nós chegarmos a um consenso", disse.
O grupo de Renan, que queria fazer mudanças antes do recesso ao projeto das desonerações, passou agora a defender uma votação rápida da proposta, que trancou a pauta do plenário esta semana. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) quer votar o texto que veio da Câmara, mas o líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE), designado relator por Renan, ainda não está totalmente convencido desta solução.