O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) cobrará hoje durante audiência na Justiça Federal que a empreiteira espanhola Isolux Corsán pague entre R$ 75 milhões e R$ 100 milhões como multa pela desistência de três lotes da duplicação da BR-381. Segundo o superintendente do órgão em Minas Gerais, Carlos Evandro Coelho da Fonseca, o valor está previsto no contrato firmado com a construtora e pode ser pago por uma seguradora caso a Isolux não tenha condição de arcar com a despesa. O superintendente informou que a construtora Brasil já demonstrou interesse em assumir as obras em um dos lotes abandonados pela Isolux, o que evitaria um atraso maior no andamento das obras, mas que detalhes do novo contrato ainda precisam ser negociados entre a empreiteira e o Dnit.
Leia Mais
Dnit pede prazo para retomar obras de duplicação da BR-381Governo corrige e indica Luiz Antonio Ehret Garcia para cargo de diretor do DNITMoradores cobram do Dnit definição sobre obras na BR-381MPF: ex-diretores do Dnit e dos Correios causaram prejuízo de R$ 126 miNa audiência de hoje estarão presentes também empreiteiros subcontratados pela Isolux que reclamam não ter recebido pagamentos por serviços feitos na estrada entre o Governador Valadares e Jaguaraçu, na região Leste do estado. O superintendente do Dnit afirma que os recursos já foram repassados para a empreiteira. O Estado de Minas entrou em contato com a assessoria da Isolux, mas a empresa não retornou as ligações.
Ontem, representantes do Dnit e da Secretaria de Estado de Transporte e Obras Públicas de Minas Gerais (Setop) participaram de uma audiência na Justiça Federal para tratar da execução de acordos firmados no programa de remoção e reassentamento das famílias do Anel Rodoviário e da BR-381.
Para a desembargadora federal e coordenadora do sistema de conciliação do Tribunal Regional Federal, Maria do Carmo Cardoso, será preciso um esforço dos órgãos públicos e das empresas envolvidas para que as novas metas não sejam novamente frustradas, prejudicando os moradores vizinhos do Anel e da 381. “Estamos aqui para que esse projeto ande. Para que isso aconteça precisamos que as partes envolvidas conversem. Chegamos em um momento que o projeto não está avançando, por isso o Judiciário tem que se envolver”, avaliou Maria do Carmo.
.