Brasília - Um grampo telefônico feito pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, na Operação Lava-Jato mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com “preocupação em relação aos assuntos do BNDES”. É o que diz relatório da corporação sobre interceptações feitas em telefones de réus ligados à Construtora Odebrecht, que executa obras no exterior com financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
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DOAÇÕES Na nota, o instituto lembrou das finalidades da organização, como o combate à pobreza e a integração entre os países africanos e latinos. A entidade já destacou a naturalidade das doações recebidas e afirmou que Lula não faz lobby para empresas, mas apenas palestras.
O relatório descreve resumos de grampos em 39 linhas telefônicas e duas contas de e-mail de vários investigados ligados à Odebrecht, após pedido de quebra de sigilos feito em maio pelos delegados da PF. Ao receber o documento, o juiz Sérgio Moro não considerou relevantes os diálogos. “Não constatou, a princípio, diálogo e mensagens muito relevantes”, avaliou o magistrado, que liberou os autos para acesso dos investigados e seus advogados.
Atentado investigado
A pedido do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a Polícia Federal vai investigar o ataque a bomba feito à sede do Instituto Lula, no Bairro do Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, em 31 julho. A sede do instituto foi alvo de um artefato caseiro lançado de um carro, por volta das 22h daquele dia.