O presidente nacional do PSDB e senador mineiro Aécio Neves (PSB) chegou à Praça da Liberdade no final da manhã deste domingo e foi ovacionado pelos participantes da manifestação. Ao som de “Aécio presidente”, o tucano afirmou que participava do evento na condição de “cidadão indignado com a corrupção, com a mentira e com a incompetência desse governo que vem fazendo tão mal aos brasileiros”. O senador voltou a criticar as taxas de juros, índices da inflação e o desemprego.
O mineiro disse acreditar que o país superará todas as dificuldades, só não sabe se o atual governo conseguirá fazê-lo. “Essa é a obra de um governo que não priorizou os interesses do país, priorizou os seus próprios interesses a sua manifestação no poder. Hoje nós temos um Brasil cidadão, as pessoas despertaram, e qualquer que seja o governante, vai ter que conviver com isso”, disse Aécio.
Ele discursou rapidamente do alto de um trio elétrico, onde reafirmou que estava no evento como cidadão, e não como líder partidário. “Meu partido é o Brasil”.
O tucano ainda comentou sobre o que ele chamou de constrangimento dos tribunais. "Estou aqui para fazer um brado em defesa das instituições. Não podemos permitir que nossos tribunais sejam constrangidos em algum tempo. O TCU está fazendo seu trabalho. O TSE também, assim como o MPF e a PF tem feito. A partir de uma decisão equilibrada baseada nos fatos nós temos que fazê-la respeitar. No Brasil, as leis tem que ser respeitadas, em especial pelo presidente.
Aécio ainda comentou sobre uma suposta candidatura dele, caso a presidente Dilma deixe o cargo. "Candidatura não é um projeto pessoal. Eu tenho muita disposição de impedir que esse governo continue fazendo mal aos brasileiros.
Sobre não ter participado dos outros protestos, o presidente do PSDB disse que não quis que a característica de inciativa popular fosse perdida. "Para demonstrar claramente que as manifestações não são de um partido político, mas da sociedade. Estamos participando como parte da população indignada, sem querer ter protagonismo. Se fosse o inverso, desde o início ia aparecer a apropriação de algo que não é nosso", disse.
Aécio Neves permaneceu na praça por cerca de 30 minutos. Outras lideranças do partido também passaram pelo local.