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Estado de Minas

Presidente da OAB diz que Dilma deve "pedir desculpas"

O representante da Ordem dos Advogados do Brasil disse ainda que o governo precisa melhorar o diálogo com a população e ouvir mais a sociedade


postado em 16/08/2015 16:38 / atualizado em 16/08/2015 16:52

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) afirmou em nota , divulgada neste domingo, que a presidente Dilma Rousseff (PT) “necessita pedir desculpas ao país”. No texto, o presidente da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, argumenta que a presidente apresentou durante a campanha um quadro da realidade econômica que não é verídico. Ele pede que, ao assumir o “engano”, Dilma possa partir para uma reação de superação das crises ética, política e econômica que afetam seu governo. “Esse necessário gesto de sinceridade da presidente, que demonstrará humildade e amadurecimento político, se apresenta como um fator importante na retomada da governabilidade do país e para a estabilidade institucional”, afirma no texto.

Marcus Vinicius ainda pede que o diálogo com a população seja estendido a outros momentos que não sejam de crise. E mais, dizendo que “é preciso saber ouvir críticas”, ele ainda pede que as sugestões dadas pela sociedade sejam ouvidas. “Diálogo de verdade se faz com quem pensa diferente, e não apenas com os apoiadores.  É preciso saber ouvir as críticas. Por exemplo, a população estava certa em 2013 quando disse que os bilhões dos estádios de futebol deveriam ter sido utilizados na construção de hospitais e escolas.”

Por fim, o presidente da OAB ainda afirma que “melhorar os gastos públicos” é a primeira tarefa do que ele chamou de “retomada do governo”. “Havendo sinceridade, sem números maquiados, olho no olho, o povo brasileiro estará disposto a contribuir com a superação desta crise ética, econômica e política”, finaliza o texto.

A presidente Dilma Rousseff fará, no fim da tarde deste domingo, uma avaliação das manifestações de hoje por todo o Brasil com os ministros da articulação política do governo. O ministro da Justiça, Jose Eduardo Cardozo, que montou um gabinete de monitoramento dos protestos nas capitais do país, apresentará à presidente uma radiografia do evento.


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