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Estado de Minas

Atos contra o governo Dilma Rousseff ocorreram em 25 Estados e no DF

No fim da tarde Dilma se reuniu com ministros para avaliar as repercussões dos protestos


postado em 16/08/2015 19:31 / atualizado em 16/08/2015 22:48

Em São Paulo, manifestantes se reuniram na Avenida Paulista em novo ato contra o governo Dilma(foto: AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA )
Em São Paulo, manifestantes se reuniram na Avenida Paulista em novo ato contra o governo Dilma (foto: AFP PHOTO / NELSON ALMEIDA )

O País registrou neste domingo, 16, protestos contra o governo Dilma no Distrito Federal e em pelo menos 25 Estados e no Distrito Federal. Mais uma vez, a população, com cartazes, faixas e camisas, pediu o impeachment da presidente e também cobrou o fim da corrupção no país.

O maior público da manifestação foi registrrado em São Paulo. De acordo com a Polícia Militar, os protestos reuniram 350 mil pessoas na Avenida Paulista. No estado todo foram 465 mil manifestantes. O número da Paulista é referente ao horário de maior concentração de pessoas, que foi às 16h. Já a manifestação em frente ao Instituto Lula contou com a presença de 600 pessoas, segundo a PM.

O senador José Serra (PSDB-SP) chegou por volta das 16 horas à Avenida Paulista e deu uma volta em torno do carro de som do movimento Vem Pra Rua. Foi muito assediado e teve o nome conclamado pelos ativistas. "A manifestação é uma demonstração de impaciência. As pessoas ficam muito contentes de me ver aqui. Quase a totalidade são meus eleitores. A manifestação é pacífica, sem governo ou sindicato por trás. Nas manifestações antigas, eu me lembro, tinha governo, sindicato, patrocínio. Eu me lembro. Hoje, não tem. Não tem partido. É um imenso grau de espontaneidade", exaltou.

No Rio, o ato começou por volta das 11 horas e percorreu cerca de dois quilômetros na pista junto à areia da praia da Avenida Atlântica, em Copacabana. Um homem foi agredido e teve de deixar o local com escolta da polícia após manifestar apoio à presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em Brasília, 25 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, foram ao Congresso Nacional, levando cartazes, faixas e gritando palavras de ordem contra a presidente Dilma Rousseff, o Partido dos Trabalhadores (PT) e a corrupção.

No Rio de Janeiro, protesto aconteceu na orla da praia de Copacabana(foto: AFP PHOTO / TASSO MARCELO )
No Rio de Janeiro, protesto aconteceu na orla da praia de Copacabana (foto: AFP PHOTO / TASSO MARCELO )

Na Região Norte, sob um calor de 36º C, cerca de 600 manifestantes pediam o impeachment da presidente ou a intervenção militar, em Manaus. Eles reuniram-se a partir das 14 horas, na Avenida Eduardo Ribeiro, no centro, para iniciar passeata contra o governo. O baixo número de integrantes nos primeiros momentos fez com que os manifestantes se igualassem em quantidade ao contingente da PM, de 650 oficiais. Oferecidas pelos organizadores do protesto, mais de dez faixas com mensagens contra o PT foram distribuídas. Entre os movimentos presentes na concentração da passeata, estavam adeptos de intervenção militar, parlamentaristas, membros da maçonaria, movimentos estudantis, entre outros.

Em Boa Vista, 24 bandas de rock se revezam desde as 14 horas numa tenda montada na Praça do Centro Cívico, no centro da capital de Roraima, no evento "Rock contra a Corrupção". Em Porto Velho, o movimento Vem Pra Rua, após uma hora de concentração, contava com um pequeno público de pouco mais de 40 pessoas no meio da tarde. Os organizadores alegaram que o forte calor de 38ºC dificultou a participação da população. O movimento esperava a participação de cerca de 10 mil pessoas.

Também sob o efeito do calor, o amapaense não se animou a ir para protestar na rua. A concentração começou às 15 horas na Praça da Bandeira, no centro, e de lá, por volta das 16 horas, os poucos manifestantes, sem faixas e cartazes e com um pequeno carro de som, saíram percorrendo as principais ruas do centro de Macapá. Nenhum político compareceu. De acordo com a PM, apenas cem pessoas participaram do ato.

No Sul, o MBL diminuiu o trajeto previsto da caminhada por causa do número de participantes. Enquanto estimava um público entre 30 mil para 50 mil, a Brigada Militar falava em 20 mil. No protesto, não houve citação ao pacote de elevação de carga tributária que deve ser apresentado pelo governador José Ivo Sartori (PMDB) nesta semana.

Os participantes da mobilização na capital gaúcha defendem um processo de impeachment contra a presidente. A crise financeira vivida pelo Rio Grande do Sul, que resultou no parcelamento de salários do funcionalismo estadual em julho, motivou inúmeros protestos de servidores nas últimas semanas e provocou questionamentos à gestão do governador nas redes sociais.

Em Florianópolis, a passeata teve como destino a sede do Tribunal de Justiça, na avenida Beira-Mar Norte. Diferente do dia 15 de março, quando uma chuva forte atrapalhou a manifestação, neste domingo houve sol e temperatura alta. Os protestos foram organizados por três grupos civis, o Movimento Brasil Livre, o Vem Pra Rua e os Revoltados online.

Na capital do Paraná, a manifestação iniciou pouco depois das 14 horas. Na região central da cidade, onde se realizam os principais atos políticos no Estado, o Movimento Brasil Livre saiu em passeata para a Boca Maldita. A PM informou que aproximadamente 20 mil pessoas fizeram todo o trajeto.

No Nordeste, o protesto na capital maranhense começou com a participação de 500 pessoas, segundo a Polícia Militar do Maranhão. Quatro trios elétricos puxavam os gritos de ordem.O percurso do protesto em São Luís tem a extensão de 1,8 km. Os manifestantes em Recife começaram a se dispersar por volta das 14h. A mobilização, que começou às 9h, percorreu cerca de 3,5 quilômetros ao longo da Avenida Boa Viagem e, segundo os organizadores, reuniu cerca de 20 mil pessoas. A polícia não divulgou uma estimativa. O deputado federal Jair Bolsonaro subiu no carro de som da manifestação em Fortaleza.

Exterior

Os protestos em Paris e Nova York reuniram poucas pessoas. Na Times Square, um grupo reduzido pedia intervenção militar no Brasil. Na capital francesa, cerca de 20 pessoas protestaram em frente à embaixada do Brasil. O grupo disse não pertencer a nenhum dos movimentos que organizaram os protestos em território brasileiro.

Dilma Se reúne com ministros

Por volta das 17h, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com os ministros Aloizio Mercadante, da Casa Civil; José Eduardo Cardozo, da Justiça; e Edinho Silva, da Secretaria de Comunicação Social, no Palácio da Alvorada, para avaliar as repercussões dos protestos em todo o país. Em nota, o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, disse que "o governo viu as manifestações dentro da normalidade democrática".


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