Jornal Estado de Minas

Protestos reúnem 350 mil pessoas na Avenida Paulista, segundo Polícia Militar

Em São Paulo, os protestos reuniram 350 mil pessoas na Avenida Paulista, neste domingo, segundo a Polícia Militar. No estado todo foram 465 mil manifestantes. O número da Paulista é referente ao horário de maior concentração de pessoas, que foi às 16h. Já a manifestação em frente ao Instituto Lula contou com a presença de 600 pessoas, segundo a PM.

A manifestação em São Paulo se estendeu por toda a Avenida Paulista, com maior concentração na região do Museu de Arte (Masp). Segurada por centenas de pessoas, uma grande bandeira com as cores do Brasil foi estendida pela avenida. A maior parte dos manifestantes vestiu camisa nas cores verde e amarelo ou usa a bandeira do Brasil nas costas.

Houve também muitas faixas que demonstram apoio ao juiz Sérgio Moro . Embora todos os manifestantes tenham pedido a saída da presidenta, a forma como isso poderia ocorrer dividiu os movimentos.

Um deles, por exemplo, foi o da União Nacionalista Democrática.

Com um carro de som posicionado em frente ao prédio da TV Gazeta, os integrantes do grupo clamaram por intervenção militar. O ato teve início com os manifestantes se ajoelhando sob a imensa bandeira com as cores do país colocada no chão. Um padre puxou a oração do Pai Nosso e o grupo rezou. Depois disso, diversos hinos foram tocados, entre eles, o da Independência do Brasil.

Líder do movimento, Antonio Ribas Paiva disse que não defende os militares no poder, como ocorreu no país em 1964, mas um período de transição. “Os militares deveriam ter devolvido o poder que a sociedade lhes outorgou mais aprimorado, com o mecanismo de defesa de interesse público. Mas não foi isso o que ocorreu.
Hoje, toda classe política está comprometida”, disse Paiva.

Já o movimento Vem pra Rua defendeu o impeachment da presidenta. O porta-voz, Rogerio Chequer, disse que existe um relatório no Ministério Público de Contas, do Tribunal de Contas da União, que “caracteriza ações que configuram crime de responsabilidade”. Para ele, esse seria o meio para viabilizar legalmente o impeachment. Sobre denúncias de corrupção contra outras figuras políticas, o Vem pra Rua "exige investigação de todos que têm indício de participação nos esquemas de corrupção”.

“Os presidentes da Câmara e do Senado já estão mencionados em atos que exigem investigação”, disse o porta-voz. Segundo Chequer, que é empresário, “o país não aguenta mais aumento de impostos. As empresas estão sufocadas”..