Brasília – O Palácio do Planalto decidiu adotar uma posição de neutralidade em relação às manifestações. O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou apenas que o Planalto “viu as manifestações dentro da normalidade democrática”. À tarde, ministros da articulação política se reuniram com a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada para fazer um balanço dos protestos. Todos desviaram da entrada principal da residência oficial e preferiram uma entrada lateral para evitar a imprensa. Estiveram no encontro, além de Edinho Silva, os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, da Defesa, Jaques Wagner, e da Justiça, José Eduardo Cardozo. Na reunião, os ministros comentaram o fato de haver um boneco inflável de Lula vestido de presidiário na manifestação em Brasília. Interlocutores do governo estranharam o fato de a alegoria ter “custado caro”.
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PRESSÃO Partidos de oposição divulgaram notas afirmando que as manifestações evidenciaram a “profunda rejeição” ao governo Dilma e que a população não aceitará a continuidade da gestão petista. Os líderes oposicionistas pregam aumentar a pressão no Congresso para que o pedido de afastamento da petista comece a tramitar no Parlamento.
“Essa manifestação foi uma vitória das forças democráticas do país”, afirmou o deputado Roberto Freire (SP), presidente do PPS, em nota distribuída por sua assessoria. O parlamentar, que também participou do protesto na Avenida Paulista, disse que o país vive a crônica de uma “destituição anunciada”. Da mesma forma, em nota, O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), falou em “fazer ecoar na Câmara” o sentimento manifestado nas ruas.
Já o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), que também participou da manifestação em São Paulo, acredita que as manifestações não terão fim enquanto não houver o afastamento da presidente Dilma.