Brasília - A sabatina do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado será realizada na quarta-feira da semana que vem, dia 26 de agosto. O anúncio foi feito pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), após reunião nesta segunda-feira com o procurador-geral.
Janot foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para mais um mandato de dois anos no comando da PGR. Apesar de tratar-se de recondução, ele terá de passar pelo rito de aprovação no Senado, com sabatina na CCJ e, depois, aval do Plenário da Casa. Renan recebeu Janot nesta segunda-feira no gabinete da presidência do Senado.
"O relatório será lido esta semana na Comissão de Constituição e Justiça e a sabatina será na próxima quarta-feira. Eu vou fazer um esforço para votar no plenário no mesmo dia", disse Calheiros.
O presidente do Senado, que é um dos investigados na Operação Lava Jato, disse que o tema não foi abordado na conversa. Segundo ele, o encontro foi "institucional" e serviu para tratar dos "procedimentos" sobre a recondução do procurador-geral ao cargo.
Questionado se havia chance de Janot ser rejeitado na votação de Plenário, que é secreta, Calheiros afirmou acreditar que o processo estava ocorrendo dentro da normalidade esperada. "Eu acho que as coisas estão andando normalmente, tudo que precisará ser feito pelo Legislativo, será feito para finalizar com normalidade esse processo neste momento de preocupação do País", disse.
Além do peemedebistas, outros 12 senadores também estão sendo investigados pela Lava Jato. A expectativa é que Janot passe por uma dura sabatina na CCJ, mas, apesar do clima inóspito na Casa, líderes da base e da oposição descartam a possibilidade de o procurador-geral não ser reconduzido ao cargo.