O senador José Serra (PSDB-SP) minimizou as "coincidências" de alívios para o governo Dilma Rousseff terem acontecido em paralelo à aproximação do governo com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) - de quem Serra é próximo. Em entrevista na TV Cultura, o senador disse que podem sim ser coincidências os fatos de Dilma ter conseguido um respiro no Tribunal de Contas da União e no Tribunal Superior Eleitoral.
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Por impeachment, movimentos vão pressionar TCU'Acho difícil que Dilma conclua mandato', diz SerraRelator das contas de Dilma evita se posicionar, mas diz que dados das pedaladas são relevantesTribunal Superior Eleitoral perdoa multa de José SerraNo dia 12, o TCU deu mais 15 dias para o governo Dilma explicar irregularidades identificadas nas contas. No dia seguinte, 13, o governo viu ser paralisada a avaliação sobre abertura de um processo de impugnação do mandato da presidente. Todos os fatos após a aproximação com Renan e sua Agenda Brasil e consequente isolamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
"Está se fazendo muita elaboração, se vendo muitos sinais aí (de influência do Renan). Eu não vejo", afirmou Serra. Pressionado pelas perguntas de jornalistas, Serra sinalizou que Renan e o PMDB que devem responder sobre o tema. "Ele (Renan) mede as coisas que faz, não vejo tanta importância disso", desconversou novamente.
Serra também desconversou sobre a iminente divulgação de políticos que serão denunciados pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, no âmbito da Lava-Jato. "Não se deve prejulgar ninguém, não dá pra já ir raciocinando", disse ao ser questionado sobre a possibilidade de constarem os nomes dos presidentes Renan e Cunha..