O senador José Serra (PSDB-SP) disse considerar pouco provável que a presidente Dilma Rousseff consiga concluir seu mandato como presidente da República até 2018. "Acho difícil", respondeu ao ser questionado no programa Roda Viva, da TV Cultura. Ele avaliou ainda que qualquer saída para o afastamento da presidente seria traumática, mesmo a renúncia - que foi chamada hoje como uma hipótese que seria um "gesto de grandeza" pelo ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso nas redes sociais.
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Serra diz que podem ser coincidências resultados positivos do governo no TCU e no TSEVice-líderes da base cobram de Dilma maior autonomia junto aos ministrosRelator das contas de Dilma evita se posicionar, mas diz que dados das pedaladas são relevantesTribunal Superior Eleitoral perdoa multa de José SerraMovimento estuda fazer novo ato contra Dilma em BrasíliaPor impeachment, movimentos vão pressionar TCU"Única saída não traumática seria a renúncia, mesmo assim seria traumático", emendou-se Serra. "A situação do Brasil é difícil. Repito, se a Dilma deixar o cargo, quem assumir vai comer o pão que o diabo amassou, o estrago atualmente é enorme."
Questionado se seu principal objetivo político é ser presidente, Serra negou. "Meu objetivo na vida é dar um futuro pro Brasil."
Eleição municipal
Serra respondeu brevemente sobre a iniciativa do diretório municipal, comandado por Mário Covas Neto, o Zuzinha, de realizar prévias - algo que não é tradição no PSDB nem em outros partidos brasileiros. O senador afirmou não estar diretamente envolvido no processo para as eleições municipais em São Paulo no ano que vem. "A intenção certamente é boa", apontou.
Perguntado sobre quem seria o melhor candidato, Serra demonstrou também afastamento e disse não ter preferidos, mas citou o vereador Andrea Matarazzo.