O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta terça-feira que os deputados devem votar uma proposta de reforma tributária em setembro e concluir a matéria até o final deste ano.
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Câmara lutará contra alta da carga tributária em reforma do PIS/Cofins, diz CunhaCunha cria comissão para tratar reforma tributáriaRenan e Cunha destacam como prioridade reformas política e tributáriaDiretório do PMDB em São Paulo é pichado com "Fora Cunha"Em evento, Cunha parodia Dilma e diz que País sofre crise de confiançaPara Cunha, as características de cada região devem ser levadas em conta no debate. “As diferenças têm impacto econômico. Temos vários Brasis dentro do nosso Brasil”, avaliou. “A tendência dos parlamentares é sempre privilegiar o que afeta nossa região. Se falar do Rio de Janeiro, vou ter mais atenção porque foi onde fui eleito”, disse, ao defender modelos que possam manter a vocação de cada região, capacidade de competição, manutenção de emprego e renda e garantir que as pessoas consigam ficar em suas regiões.
O presidente da Câmara lembrou que o Congresso tentou, várias vezes, votar uma reforma tributária. Uma delas, em 2003, quando a discussão acabou limitada à prorrogação da CPMF, e em 2009, com proposta apresentada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que previa compartilhamento de receitas entre União, estados e municípios e a desoneração da folha de pagamento.
Pacto Federativo
Sobre pacto federativo, Cunha informou que criou uma comissão especial para levar uma proposta, em 30 dias, para o plenário. Cunha explicou que antes dessa comissão, precisou criar um outro colegiado para tratar sobre atribuições e receitas. “A discussão sobre pacto federativo era mais profunda do que dividir atribuições. Temos, na prática, uma superposição de atribuições e falta de receitas”, disse, ao citar áreas como saúde e educação.
Reforma política
Cunha criticou a proposta de mudança para o sistema distrital misto, apresentada durante o debate da reforma política, que, segundo ele, eliminaria uma análise total do país. “O sistema distrital misto ia provocar ainda mais o distanciamento do nosso. Ia deformar nossa condição de brasileiro preocupado com um país como um todo”, disse.
Perguntado sobre a situação política e econômica do país, Eduardo Cunha disse que o Brasil vive uma crise de confiança. “É preciso enfrentar as duas separadamente , mas a prioridade é sempre enfrentar a política que permite a imagem da segurança para os que querem enfrentar a crise econômica.
Com Agência Brasil.